Ele jurou pra mim que não ia dançar na festa junina. Mal gostava que falássemos de chapéu de palha ou camisa xadrez. Pintar bigode, então? Uma afronta! Não queria, não queria.
Levei ele a força praticamente.
Mais tarde, já na festa, quando anunciaram que a quadrilha iria entrar, comecei a procurá-lo no meio da fila de crianças e não enxergava nada. As duplas foram passando dançando e nada de eu ver meu moleque. De repente, a surpresa: lá vem ele, de mãos dadas com a Júlia, com o traje completo de caipira, inclusive bigode e costeleta. A mão livre estava posicionadíssima nas costas, como um perfeito cavalheiro. Passou por mim sorrindo, seguro, um olhar maroto até, como quem diz: viu só? Olha eu aqui!
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