Não são só os adultos que sofrem com o problema. Crianças e até bebês podem apresentar esse tipo de infecção
Crianças também sofrem de infecção urinária. E na maioria das vezes ela não está relacionada a más formações anatômicas, e sim à contaminação pelas fezes. Na época das fraldas, por mais que a troca aconteça constantemente, elas podem entrar no canal da uretra e causar a infecção.
Segundo Alessandro Danesi, pediatra do Hospital Sírio Libanês (SP), o problema é mais comum em meninas, por conta da anatomia. “Os meninos têm a uretra mais comprida, o que evita a chegada das fezes até a bexiga. Por isso, quando as meninas começam a se limpar sozinhas, é fundamental que os pais ensinem a maneira correta de fazer a higiene, da frente para trás”, diz.
Sintomas e tratamento
Os primeiros sinais de que o seu filho está com infecção é quando ele se queixa de dor ao urinar, faz xixi várias vezes e em pequena quantidade. E como identificar isso no bebê? “Ou por meio de uma febre sem sinais evidentes que sugiram alguma doença, como gripe, infecção de garganta, ou se perceber a urina turva e com cheiro alterado”, afirma Danesi. O diagnóstico deve ser sempre confirmado com exame de urina.
O tratamento é feito geralmente com antibióticos, e dura, em média, 10 dias. Segundo o pediatra, as crianças respondem relativamente rápido à medicação e logo a febre vai embora e param de se queixar de dor. “É importante que, após dois dias do término do tratamento, seja realizado um novo exame de urina, para verificar se a infecção acabou”, diz.
Por que investigar a infecção
Como a infecção em meninos é mais rara, é preciso saber o que acarretou o problema. “Deve-se, por exemplo, avaliar se a criança tem fimose, porque ela dificulta a higiene da região peniana”, diz Danesi. No caso das meninas, que têm mais propensão à infecção urinária, é necessário aguardar um segundo episódio para analisar.
O que não pode acontecer são infecções urinárias de repetição, que podem comprometer a função renal da criança no futuro. Um diagnóstico preciso é fundamental para descartar se o problema é provocado por bactérias, alteração anatômica, refluxo da urina, que necessitem medicação ou cirurgia.
Há algo que eu possa fazer para evitar as infecções?
Certas crianças têm mesmo uma tendência a sofrer de infecções no trato urinário, mas há algumas medidas que você pode tomar para reduzir o risco:
• Dê muito líquido ao seu filho. Além de manter o trato urinário em constante atividade, os líquidos ajudam a evitar a prisão de ventre, que pode colaborar para que haja infecções.
• Também para evitar a prisão de ventre, ofereça bastante fibra ao bebê, como frutas, verduras e grãos integrais, quando ele já estiver comendo outros alimentos além do leite.
• Se você está amamentando, mantenha o aleitamento até o bebê ter no mínimo 7 meses. Estudos já mostraram que o leite materno até essa fase protege contra infecções urinárias, e a proteção se mantém até a criança ter mais de 2 anos, mesmo que não mame mais no peito.
• No caso de meninas, não use muito sabonete na água do banho, para não irritar a região vaginal. E sempre limpe a área da frente para trás, quando estiver trocando a fralda, para não levar bactérias do bumbum para a vagina.
Texto de Ana Paula Fontes - Revista Crescer
2 comentários. Clique aqui para comentar também!
Muito boa essa matéria, os pais devem sempre ficar atentos a esses casos, de infecção urinária, tem cura mais a criança sofre um pouco, amiga vim te desejar uma boa tarde, beijos.
ResponderExcluirOi Lucimar, resolvi fazer o post dessa matéria depois que sofri com minha bebezinha. Nunca pensei passar por isso. Um adulto sofre com essa infecção, imagina só o que ela passou.
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