Parece que foi ontem que deixei o trabalho para aguardar a vinda de Aninha. Incrível como às vezes sinto que esses 5 meses passaram tão depressa a ponto de querer congelá-los, mas por outro lado tenho a sensação que a vida não faria sentido se não passasse por essas transformações. Um grande aprendizado sobre o verdadeiro sentido da vida.
Abri mão de tantas coisas, talvez de ter um pouco mais de liberdade, de luxo, de luz, de zelo por mim, mas principalmente deixei de alimentar a vaidade, deixei um pouco de lado o meu ego.
Renunciei a tantas coisas para viver a maternidade intensamente, maternidade essa que me faz sentir-me nua diante da vida e das pessoas. Hoje vejo que não poderia existir melhor universidade, melhor trabalho que pudesse me ensinar tanto sobre a vida, de modo que hoje minhas qualidades de ser humano se intensificaram e meus defeitos foram bruscamente atenuados por um brilho chamado felicidade.

Serginho esta me mostrando o que realmente é o amor fraternal, tão pequeno e tão cúmplice da sua irmãzinha. Fico feliz em ver que ele esta se formando um menino inteligente, carinhoso e feliz.

Eles já brincam junto, claro que ele não gosta que ela pegue seus carrinhos, sempre a lembra: “Aninha você brinca é com boneca”. Mas não consegue a ver chorando que já vai logo cantando: “não chora, não chora, não chora, não chora mamãe já vem”. Confesso que tanto eu como o pai nos debulhamos em lagrimas todas as vezes que isso acontece.

Agora eu sei que não fiz a escolha errada, ser mãe é a melhor coisa do mundo.