Lembro da época de criança do dia de tirar a foto da família, era um tempo em que fotografia era documento, um registro da família. Tínhamos que estar todos impecáveis, cabelos arrumados e roupa bonita e com cara de sério. Ter uma máquina fotográfica não era para qualquer um. Hoje, com a evolução tectonológica, as máquinas fotográficas se popularizaram e tira-se foto até mesmo com o celular, e as fotos passaram de documentos para registro de momento. Fotografamos o almoço, a paisagem, os amigos, o crescimento dos filhos, nosso próprio rosto (as famosas selfies). Tiramos a foto, visualizamos e compartilhamos imediatamente, pelo prazer e a liberação de hormônios ligados à recompensa que os “likes” de uma foto nos dão. Enfim, tiramos um monte de fotos e nunca paramos para revê-las como parávamos para ver os álbuns de fotografia de antigamente. Tenho um monte de foto, tanto no meu computador, como no celular, tablet e pendrives. Achamos que em tempos de câmera no smartphone, somos todos fotógrafos. Só que não! além de que como sempre eu que estou tirando as fotos, são raras as que eu apareço.
Estava grávida de Aninha. A ideia era fazer um “book” de gestante, mas a sintonia da fotografa Martha Oliveira com Serginho foi tão legal, que acabou virando um álbum de família. Depois teve o acompanhamento mensal do primeiro ano de Aninha, só que dessa vez foi com a fotografa Anne Pacheco, e novamente as sessões em que a família estava junta eram as melhores. Então, acabei criando o habito de tirar uma foto da família no final do ano.
Essa experiência com o fotografo profissional, chamou-me a atenção no trabalho deles, o olhar sobre o momento. O fotografo capta a emoção, a essência, coisa que não conseguimos sendo fotografo de celular. Pude verificar que as melhores fotos de família são as que capturam os momentos e as reações espontâneas: o abraço apertado, a gargalhada, o beijo sincero, são situações que mostram o verdadeiro afeto familiar.
Cada olhar registrado, cada sorriso capturado pela lente, cada rosto flagrado, ficará guardado como uma lembrança. Diferente daquele monte de fotos entulhado nos arquivos do computador. Sem contar, que tirando uma foto com o profissional a gente revive um pouco essa magia da fotografia como registro, e não como comunicação. Precisamos esperar até que as fotos fiquem prontas e depois montar o álbum, com todo carinho, para poder reunir a família mais uma vez e reviver bons momentos.
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