Eu, grávida e hipertensa!!

By Cantinho da Li - junho 16, 2015

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Em dezembro passado descobri que sou hipertensa, doença crônica, sem causas físicas (afinal tenho uma 1,60 m de altura e só ultrapasso os 50 kg quando estou gravida), apenas emocional. Desde a adolescência, sentia dores de cabeça fortíssimas, o que sempre fez ter um a acompanhamento anual no neurologista, mas o diagnóstico era sempre o mesmo: CEFALEIA ou  ENXAQUECA.

Em dezembro senti dores de cabeça fortíssima no trabalho, reclamei que durava já uns dois dias, tomava remédio e nada de passar. Levaram-me praticamente a força no setor medico, e lá o pessoal já me encaminharam ao hospital e ligaram para o meu esposo (Sérgio). Falei ao medico o que estava se passando, ele resolver conferir minha pressão e o susto: ela estava 22/16, ele foi logo chamando a enfermeira e medicando-me e orientando meu esposo levar-me ao cardiologista urgente.

A partir desse dia, passei a tomar remédios diários e visitar o cardiologista mensalmente, pois sou hipertensa nível/estágio 2.
Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão(2006)


Hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma condição na qual ocorre um aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Toda vez que o coração humano bate, ele bombeia sangue para todo o corpo através das artérias.



A pressão arterial é a força com que o sangue exerce na parede das artérias e dos vasos sanguíneos. Quanto maior a pressão mais dificuldade o coração tem para bombear.


Em fevereiro, veio a surpresa: estou gravida. Só que dessa vez, além do acompanhamento pré-natal com o obstetra tenho que ter um controle dobrado com a minha pressão arterial e cuidados do cardiologista.

A atenção à pressão é especialmente importante na gestação por causa de um problema grave chamado pré-eclâmpsia, que também provoca a eliminação de proteína pela urina. E precisa ser controlada e medida com frequência depois da 20 semanas de gestação, pois pode causar um amadurecimento acelerado da placenta, tendo como consequência redução do seu crescimento e até mesmo descolamento nas fases finais da gravidez, o que pode levar o bebê a morte.


As consequências para a mamãe


A pressão alta, pode causar sérias lesões em órgãos nobres como rins, fígado e cérebro, mas na maioria das vezes, essas lesões são reversíveis, a não ser que tenham causado dano irreparável como um acidente vascular, por exemplo.

Além disso, se a pré-eclâmpsia evoluir para a eclâmpsia, a pressão arterial sobe demais, colocando mãe e bebê em grande risco. A eclâmpsia pode causar convulsões, que podem levar ao coma e até a morte. Quando acontece, a eclâmpsia ocorre no finalzinho da gravidez ou logo depois do parto.

A única "cura" para a pré-eclâmpsia é o nascimento do bebê, mas a mamãe ficará em observação depois que ele nascer, porque ainda há um risco nos dias seguintes. Depois do parto, a pressão arterial normalmente volta ao normal, mas pode ser que isso leve semanas para acontecer, bem como o inchaço nas mãos e pernas, podem permanecer por algum tempo.

As consequências da pressão alta no bebê


A Pré-eclâmpsia, não acarreta uma má formação e nem aumento da pressão arterial do bebê, porém pode haver uma dificuldade na circulação sanguínea na placenta, reduzindo a oxigenação fetal, ou seja, o bebê não cresce e não engorda o suficiente. A redução do oxigênio, pode ser observada através de um exame de ultrassom (Ultrassonografia com Doppler) e baseado nas informações, o obstetra poderá decidir pelo parto prematuro, ou não, o que é muito preocupante, pois quanto menor for o bebê, maiores os riscos de saúde para ele. Essas alterações, também podem levar ao rompimento das artérias da placenta, acarretando um evento muito grave, chamado de descolamento da placenta.

Caso você já sofra de pressão alta antes da gravidez, como no meu caso, o medicamento deve ser mantido durante todo o período gestacional, de acordo com as orientações do seu obstetra ou cardiologista. Esteja atenta ao excessivo aumento de peso, que pode contribuir com o descontrole da pressão.

A pressão alta pode ser evitada e tratada, basta seguir corretamente o tratamento pré-natal e as orientações do seu médico, esses cuidados ainda são a melhor forma de prevenção contra quaisquer complicações futuras. Normalmente, as mamães com pressão alta, devem passar mais vezes ao médico, do que a quantidade de consultas realizadas em um pré-natal normal, além do acompanhamento em conjunto com um cardiologista.


Fontes:
NANOCELL NEWS
Baby Center
Drauzio Varella
MDSaúde

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