O mecanismo da reprodução é extremamente complexo, e podem surgir diversos erros durante o processo que provoquem a interrupção da gravidez. Mas não desespere: as coisas não são assim tão graves.
O que é uma gravidez anembrionária?
Quando, através de um estudo ecográfico efectuado entre as semanas sete e oito se verifica que o embrião não se encontra dentro do saco gestacional, encontramo-nos em presença de um ovo anembrionário. Devido a alguma causa, o embrião – que estava dentro do saco gestacional – não conseguiu continuar o seu desenvolvimento, de maneira que a ecografia mostra que já não se encontra lá. Esta alteração da gravidez constitui uma das formas do aborto espontâneo.
O que fazer?
Quando se confirma que se trata de uma gravidez anembrionária, ou seja que o saco embrionário se encontra vazio, é necessário eliminar do útero todos os restos da gravidez. Para isso, podem adoptar-se diferentes comportamentos. O mais tradicional é esperar que se produza um aborto espontâneo, ou seja, que o próprio corpo da mulher provoque as contracções espontâneas que eliminem esses restos. Geralmente, isto costuma acontecer quando o ovo se solta das paredes uterinas (porque cessou a circulação sanguínea, que, desde o útero, alimentava o saco gestacional). A espera pode consistir em dias ou mesmo semanas. E não é raro, porque se a mulher deseja terminar essa gravidez para poder assumir o desgosto de maneira mais rápida, que se administrem prostaglandinas para provocar o aborto. Outra possibilidade é efectuar directamente uma curetagem (raspagem) uterina. Quando se produz, o aborto espontâneo pode ser completo ou incompleto. Diz-se que é completo quando o útero fica vazio; e incompleto, quando ainda permanecem restos da gravidez. Neste caso, é necessário efectuar uma curetagem para eliminá-los completamente.
Futuras esperanças
As mulheres que atravessaram esta difícil experiência costumam sentir-se angustiadas e receosas face à possibilidade de voltar a tentar uma gravidez. No entanto, é importante saber que se trata de um facto isolado, que não aumenta o risco de que volte a acontecer no futuro. De maneira que não há motivo para perder a esperança: as próximas gravidezes têm boas possibilidades de chegar a um final feliz.
Hemorragias do primeiro trimestre
É comum que as mulheres grávidas tenham uma pequena hemorragia ou algumas perdas de sangue durante o primeiro trimestre. Calcula-se que isto aconteça em média entre 20 e 25 por cento das gravidezes. Estas hemorragias podem ser de intensidade variável: desde um mínimo fluxo de sangue, uma perda mínima – semelhante à dos últimos dias da menstruação -, até uma hemorragia considerável, de sangue escuro e com vários dias de duração. De todas as maneiras, as perdas nem sempre são um indício de aborto. De facto, mais de metade das mulheres que as tiveram conseguiram levar a sua gravidez a um final feliz. Além disso, se considerarmos o total das gravidezes conhecidas, a incidência de abortos espontâneos situa-se em cerca de 12 por cento, e em muitos deles não se registam antecedentes de hemorragia. Geralmente, as perdas de sangue durante o primeiro trimestre costumam corresponder a uma lesão ou uma inflamação do colo do útero. E para verificá-lo é necessário efectuar uma colposcopia, mediante a colocação de um espéculo, para observar o estado do colo do útero. As mulheres costumam ter algum receio deste tipo de estudos durante a gravidez, mas não existem motivos para preocupar-se: podem continuar a sua vida normal já que não implicam perigo nenhum para a gravidez.
O temido aborto espontâneo
O aborto espontâneo deve-se à morte do embrião, que provoca o desprendimento da placenta, desencadeando contracções do útero, e a expulsão do produto da concepção. Cerca de 80 por cento das mortes embrionárias deve-se a anomalias do embrião, que na sua maioria correspondem a uma alteração do número de cromossomas. No entanto, quando a mulher sofre um aborto espontâneo, costuma culpar-se e sentir-se responsável pelo que se passou. Embora estes erros do processo reprodutivo nada tenham que ver com o estilo de vida da mãe, com as suas relações sexuais, com o desporto que pratica, com os esforços que realiza, ou com os seus estados emocionais. Os problemas cromossómicos podem ocorrer antes da concepção (e são inerentes ao espermartozóide ou ao óvulo), ou mesmo nos primeiros estádios de divisão celular do ovo fertilizado.
Um processo muito complexo
Quanto maior for o número de semanas de gestação, menor é o risco de aborto. De facto, três quartos dos abortos espontâneos passam despercebidos pela mulher, já que ocorrem antes que ela verifique que está grávida. Tomando como base as gravidezes conhecidas, cerca de 75 por cento dos abortos produzem-se antes da semana dezasseis, e entre eles, a maioria na semana oito. É verdade que os abortos são situações extremamente traumáticas, tanto para a mulher como para o marido. No entanto, do ponto de vista médico, são considerados um componente natural dos muito complexos processos reprodutivos.
A ecografia
O estudo ecográfico constitui uma ferramenta de grande utilidade ao longo de toda a gravidez. O primeiro geralmente solicita-se durante o primeiro trimestre, uma vez que proporciona dados fundamentais:
Trata-se de uma gravidez intra-uterina ou ectópica, o que quer dizer que se aloja no útero, na trompa ou no ovário.
A partir da 7ª semana, revela se o embrião está efectivamente dentro do ovo ou saco gestacional, e se regista actividade cardíaca ou não.
Na oitava semana, já permite medir o crescimento do embrião e observar os seus movimentos.
Fonte: Revista Mãe Ideal
O que é uma gravidez anembrionária?
Quando, através de um estudo ecográfico efectuado entre as semanas sete e oito se verifica que o embrião não se encontra dentro do saco gestacional, encontramo-nos em presença de um ovo anembrionário. Devido a alguma causa, o embrião – que estava dentro do saco gestacional – não conseguiu continuar o seu desenvolvimento, de maneira que a ecografia mostra que já não se encontra lá. Esta alteração da gravidez constitui uma das formas do aborto espontâneo.
O que fazer?
Quando se confirma que se trata de uma gravidez anembrionária, ou seja que o saco embrionário se encontra vazio, é necessário eliminar do útero todos os restos da gravidez. Para isso, podem adoptar-se diferentes comportamentos. O mais tradicional é esperar que se produza um aborto espontâneo, ou seja, que o próprio corpo da mulher provoque as contracções espontâneas que eliminem esses restos. Geralmente, isto costuma acontecer quando o ovo se solta das paredes uterinas (porque cessou a circulação sanguínea, que, desde o útero, alimentava o saco gestacional). A espera pode consistir em dias ou mesmo semanas. E não é raro, porque se a mulher deseja terminar essa gravidez para poder assumir o desgosto de maneira mais rápida, que se administrem prostaglandinas para provocar o aborto. Outra possibilidade é efectuar directamente uma curetagem (raspagem) uterina. Quando se produz, o aborto espontâneo pode ser completo ou incompleto. Diz-se que é completo quando o útero fica vazio; e incompleto, quando ainda permanecem restos da gravidez. Neste caso, é necessário efectuar uma curetagem para eliminá-los completamente.
Futuras esperanças
As mulheres que atravessaram esta difícil experiência costumam sentir-se angustiadas e receosas face à possibilidade de voltar a tentar uma gravidez. No entanto, é importante saber que se trata de um facto isolado, que não aumenta o risco de que volte a acontecer no futuro. De maneira que não há motivo para perder a esperança: as próximas gravidezes têm boas possibilidades de chegar a um final feliz.
Hemorragias do primeiro trimestre
É comum que as mulheres grávidas tenham uma pequena hemorragia ou algumas perdas de sangue durante o primeiro trimestre. Calcula-se que isto aconteça em média entre 20 e 25 por cento das gravidezes. Estas hemorragias podem ser de intensidade variável: desde um mínimo fluxo de sangue, uma perda mínima – semelhante à dos últimos dias da menstruação -, até uma hemorragia considerável, de sangue escuro e com vários dias de duração. De todas as maneiras, as perdas nem sempre são um indício de aborto. De facto, mais de metade das mulheres que as tiveram conseguiram levar a sua gravidez a um final feliz. Além disso, se considerarmos o total das gravidezes conhecidas, a incidência de abortos espontâneos situa-se em cerca de 12 por cento, e em muitos deles não se registam antecedentes de hemorragia. Geralmente, as perdas de sangue durante o primeiro trimestre costumam corresponder a uma lesão ou uma inflamação do colo do útero. E para verificá-lo é necessário efectuar uma colposcopia, mediante a colocação de um espéculo, para observar o estado do colo do útero. As mulheres costumam ter algum receio deste tipo de estudos durante a gravidez, mas não existem motivos para preocupar-se: podem continuar a sua vida normal já que não implicam perigo nenhum para a gravidez.
O temido aborto espontâneo
O aborto espontâneo deve-se à morte do embrião, que provoca o desprendimento da placenta, desencadeando contracções do útero, e a expulsão do produto da concepção. Cerca de 80 por cento das mortes embrionárias deve-se a anomalias do embrião, que na sua maioria correspondem a uma alteração do número de cromossomas. No entanto, quando a mulher sofre um aborto espontâneo, costuma culpar-se e sentir-se responsável pelo que se passou. Embora estes erros do processo reprodutivo nada tenham que ver com o estilo de vida da mãe, com as suas relações sexuais, com o desporto que pratica, com os esforços que realiza, ou com os seus estados emocionais. Os problemas cromossómicos podem ocorrer antes da concepção (e são inerentes ao espermartozóide ou ao óvulo), ou mesmo nos primeiros estádios de divisão celular do ovo fertilizado.
Um processo muito complexo
Quanto maior for o número de semanas de gestação, menor é o risco de aborto. De facto, três quartos dos abortos espontâneos passam despercebidos pela mulher, já que ocorrem antes que ela verifique que está grávida. Tomando como base as gravidezes conhecidas, cerca de 75 por cento dos abortos produzem-se antes da semana dezasseis, e entre eles, a maioria na semana oito. É verdade que os abortos são situações extremamente traumáticas, tanto para a mulher como para o marido. No entanto, do ponto de vista médico, são considerados um componente natural dos muito complexos processos reprodutivos.
A ecografia
O estudo ecográfico constitui uma ferramenta de grande utilidade ao longo de toda a gravidez. O primeiro geralmente solicita-se durante o primeiro trimestre, uma vez que proporciona dados fundamentais:
Trata-se de uma gravidez intra-uterina ou ectópica, o que quer dizer que se aloja no útero, na trompa ou no ovário.
A partir da 7ª semana, revela se o embrião está efectivamente dentro do ovo ou saco gestacional, e se regista actividade cardíaca ou não.
Na oitava semana, já permite medir o crescimento do embrião e observar os seus movimentos.
Fonte: Revista Mãe Ideal