Esse é um assunto tão sério, que é totalmente de mal gosto a atitude do Senador Roberto Requião dizer que sofre bullyind da imprensa. Quando criança não gostava quando me chamavam de magrela. Chorava bastante, não queria ir para escola. Superei, mas morro de medo que meus filhos passem por isso.
Encontrei esse texto no site Vilamulher . Vale a pena a leitura.
Desde pequenos, nem sempre com conotação maldosa, as crianças tendem a se tratar de acordo com suas características físicas e comportamentais. Para uma criança pequena, dizer que o coleguinha é gordinho, baixinho, birolho, aquela que bate, aquela que morde, ou outras características, servem apenas como forma de dar referência a um colega a partir de uma característica que eles perceberam ser peculiar a ele.
Cabe aos pais e professores, com igual responsabilidade, substituir as expressões que provocam constrangimento por outras quando possível, e conversar com a criança ou até com o grupo sobre determinadas características quando necessário. Não se deve esperar respeito das crianças umas com as outras, se as mesmas vivem em ambientes hostis, do tipo que maldizem os vizinhos e até familiares. A maior parte dos termos chulos que chegam em forma de ofensa nas salas de aula vieram dos pais, referendando pessoas com características semelhantes a que as crianças convivem.
Porém, mesmo com boa educação, não estamos livres de desentendimentos na escola ou até entre grupos de crianças e adolescentes, pois a ofensa moral faz parte das armas que o ser humano se utiliza para atacar e defender seus pontos de vista, mesmo com pessoas que aparentemente mantém bom relacionamento. Esse comportamento aparece naturalmente com a fala, e explica inclusive porque crianças pequenas mordem e batem nos seus colegas como forma de mostrar superioridade, poder e até para descarregar seus aborrecimentos. Ao adquirirem a linguagem, elas percebem que a ofensa verbal machuca tanto quanto a física.
Como pais, professores ou adultos responsáveis por um grupo de jovens ou crianças, pare agora e reflita: quantas vezes você interferiu em brigas dos seus filhos ou outras crianças, e dessas vezes quantas eram pequenas ofensas? Os adultos costumam castigar apenas quando as crianças se batem, mordem ou empurram, e normalmente aceitam as discussões que ouvem, mesmo com ofensas e palavrões.
As marcas de uma agressão física são externas e rapidamente percebidas, diferente da agressão moral, que nem sempre mostra suas conseqüências rapidamente. As pessoas que sofrem silenciosamente esse tipo de agressão são as mais propensas a desencadear as características do bullying, por isso é muito importante a criança e o adolescente sentirem-se à vontade e obterem atenção necessária para relatar suas vivências do dia-a-dia. São através desses relatos que os pais e professores podem perceber, ajudar e interferir se possível na mudança de comportamento não só do agressor, mas principalmente do agredido, que jamais deve silenciar qualquer ofensa recebida.
Michelle Maneira é pedagoga, com pós-graduação em psicopedagogia e especialização em tecnologias educacionais, professora de educação infantil da rede pública.
Encontrei esse texto no site Vilamulher . Vale a pena a leitura.
Desde pequenos, nem sempre com conotação maldosa, as crianças tendem a se tratar de acordo com suas características físicas e comportamentais. Para uma criança pequena, dizer que o coleguinha é gordinho, baixinho, birolho, aquela que bate, aquela que morde, ou outras características, servem apenas como forma de dar referência a um colega a partir de uma característica que eles perceberam ser peculiar a ele.
Cabe aos pais e professores, com igual responsabilidade, substituir as expressões que provocam constrangimento por outras quando possível, e conversar com a criança ou até com o grupo sobre determinadas características quando necessário. Não se deve esperar respeito das crianças umas com as outras, se as mesmas vivem em ambientes hostis, do tipo que maldizem os vizinhos e até familiares. A maior parte dos termos chulos que chegam em forma de ofensa nas salas de aula vieram dos pais, referendando pessoas com características semelhantes a que as crianças convivem.
Porém, mesmo com boa educação, não estamos livres de desentendimentos na escola ou até entre grupos de crianças e adolescentes, pois a ofensa moral faz parte das armas que o ser humano se utiliza para atacar e defender seus pontos de vista, mesmo com pessoas que aparentemente mantém bom relacionamento. Esse comportamento aparece naturalmente com a fala, e explica inclusive porque crianças pequenas mordem e batem nos seus colegas como forma de mostrar superioridade, poder e até para descarregar seus aborrecimentos. Ao adquirirem a linguagem, elas percebem que a ofensa verbal machuca tanto quanto a física.
Como pais, professores ou adultos responsáveis por um grupo de jovens ou crianças, pare agora e reflita: quantas vezes você interferiu em brigas dos seus filhos ou outras crianças, e dessas vezes quantas eram pequenas ofensas? Os adultos costumam castigar apenas quando as crianças se batem, mordem ou empurram, e normalmente aceitam as discussões que ouvem, mesmo com ofensas e palavrões.
As marcas de uma agressão física são externas e rapidamente percebidas, diferente da agressão moral, que nem sempre mostra suas conseqüências rapidamente. As pessoas que sofrem silenciosamente esse tipo de agressão são as mais propensas a desencadear as características do bullying, por isso é muito importante a criança e o adolescente sentirem-se à vontade e obterem atenção necessária para relatar suas vivências do dia-a-dia. São através desses relatos que os pais e professores podem perceber, ajudar e interferir se possível na mudança de comportamento não só do agressor, mas principalmente do agredido, que jamais deve silenciar qualquer ofensa recebida.
Michelle Maneira é pedagoga, com pós-graduação em psicopedagogia e especialização em tecnologias educacionais, professora de educação infantil da rede pública.
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