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Fenômeno Sandy e Junior

Quando Sandy e Júnior se apresentou no programa Som Brasil do Lima Duarte(1989), eu já tinha 12 anos,  gostava de ouvir as músicas do pai deles – Xororó e o tal sertanejo raiz- e fiquei fascinada, ela com 6 anos e ele com 5. Pareciam dois rouxinóis. Essa era uma época na qual nós, crianças, víamos na tv sempre outras crianças cantando (Trem da Alegria, Balão Mágico, os Abelhudos). No inicio pareciam que seguiriam o ritmos sertanejo, mas aos poucos vieram surgindo um repertório romântico com famosa versões de Celine Dion, Bee Gees, Whitney Houston , Laura Pausini, Kenny Rodgers e por ais vai). Eram os anos 90, sempre lembro com nostalgia dos anos 80, período da minha infância. Dizem que em meio aos trabalho, casamento, filhos e os boletos que temos que pagar, é natural sentir nostalgia de uma época em que nossa única preocupação era fazer o dever de casa e tirar boa notas nas provas. Nesse tempo as músicas eram alto-astral, mesmo com a musica do É o tchan, o funk carioca, nem parec...

Descobrindo o autismo

Quando descobrimos que estamos grávidas, primeiro vem a emoção, saber que estamos gerando um “serzinho”, que vamos ter que cuidar para sempre. Depois, as preocupações: será que serei uma boa mãe? Na primeira ultrassom morfológica, sentimos um alívio, quando medico descarta a síndrome de Down, ficamos com a falsa sensação que está tudo bem, meu filho vai ser normal. Vivi com essa falsa impressão em relação a Serginho ate o ano passado. Meu filho nasceu normal, andou com 10 meses, começou a falar com 1 ano e 6 meses, mamou até os 2 anos como recomenda a Organização Mundial de Saúde. Parecia uma criança tranquila, quando surgiu alguns problemas na escola. Primeiro as notas começaram a cair, comecei a tomar lição junto na véspera das provas, ele sabia tudo. Fiquei tranquila. As notas vão melhorar, só que não melhoravam, praticamente ele quase não escrevia nada. Falei com a pediatra dele, e ela recomendou-me uma neuropediatra. A neuropediatra pediu que eu o levasse a uma psicóloga e a uma ...

Como Treinar o seu Dragão 3

Quando o primeiro filme da Trilogia Como Treinar Seu Dragão foi lançado, em março de 2010, lembro que não tive muito interesse. Fui ao cinema acompanhar Serginho (na época era filho único) que estava muito empolgado com os comerciais do filme na Tv. Já no Como Treinar Seu Dragão 2 a coisa foi diferente, me espantou ver que o menino herói do filme tinha uma perna amputada. Lembro que Serginho me explicou que ele era uma herói de verdade e perdeu a perna em uma batalha no primeiro filme. E o meu Superman era um herói de mentira, pois não existe gente como ele, que não se machuca nas batalhas.  Fiquei curiosa e foi assistir o primeiro novamente, Serginho amou a ideia de comprar o filme para rever em casa. E pode constatar que esse não era um filme só para criança ver. Ele tinha lições importantes. Estava ali um menino, o pequeno Soluço,  passando uma mensagem sobre tolerância entre seres diferentes e de como a união é importante para proporcionar uma evolução social. Um garoto qu...

Seu filho acredita em Papai Noel?

Então é Natal... Não, não vou falar sobre aquela música que, por sinal é muito bela na versão do John Lennon ( Happy Xmas - 1971), mas cantada pela Simone (1985), música difícil de verter para o português. Perdeu muito do sentido original, e ainda é trilha sonora de todas as lojas nessa época, e faz a gente não querer saber que existe Natal. Vamos falar de Papai Noel. Quando era criança acreditava que a época mais mágica do ano era o Natal . Na minha cabeça nesse período, éramos 'consumidos' por uma energia positiva que deixava tudo mais bonito, mais leve, mais emocionante, o tal do o espírito natalino.E ainda tinha todas aquelas luzes decorando as casas e ruas na cidade, que naturalmente nos deixa mais sensibilizados e amorosos. Dezembro é o mês dele, do bom velhinho, aquele que na noite do dia 24 traz presente para a criança que se comportou e respeitou os pais do durante o ano. Alguns especialistas – psicólogos e pedagogos – criticam essa crença. Diz que estimula a ment...

Full House e Fuller House

Minha filha do meio - Aninha - sempre me questiona sobre o que eu fazia quando era criança, minhas brincadeiras, o que vestia, gostava de comer, etc. Acho que é uma coisa normal essa curiosidade, porque, afinal, eu já fui criança e também tinha essas curiosidades. A diferença está entre eu e minha mãe. Ela não dava espaço para perguntarmos algo assim. Já eu, sinto o maior prazer nessa tarefa. Talvez por eu ser muito saudosista, amo reviver os anos 80 (minha infância) e os anos 90 (adolescência). Brinco falando que meu gosto musical, artístico e cinematográfico ficaram estacionados nessa época. Então, dias desses, estava procurando algo para assistir e Full House (Três é demais) chamou atenção de Aninha. Comecei falando que era uma série que eu assistia quando tinha a idade dela. Pronto. Ela escolheu essa. Deixei lá. Quando voltei Lalá (minha filha caçula) também estava no sofá. Não resisti e sentei também. Como cada episódio é curto cerca 22 minutos, sem dar conta já tínhamos assist...

Como explicar política para as crianças!

Mas, como explicar política para uma criança? Geralmente evitamos falar um pouco sobre os temas dos adultos com os filhos, afinal, criança tem que brincar e, diferente dos tempos de hoje, na minha época de criança política era uma festa! Lembro-me dos “showmícios” - que sempre tinham tardes recreativas. Gosto muito de política e, ao longo da minha vida, ela sempre esteve presente. Participei do movimento estudantil no período colegial (grêmios estudantis) e na vida acadêmica (conselho de residentes – moradia estudantil), não chegando ocupar cargos nessas entidades de classes. Participava ativamente dos grupos de discussões e das eleições dos mesmos. Na política partidária cheguei a filiar-me ao PT e PPS. Hoje, porém, não pertenço a nenhuma sigla. Lembro que, aos 16 anos, comecei a ler O Manifesto Comunista (Marx e Engels) e descobri que não acredito nas ideias defendidas pela esquerda. O princípio de construir uma sociedade justa e igualitária. Acabar com a fome, com as desigualdades...

Ser mãe ou não ser? Eis uma nova questão!

Nos últimos dias, ou meses, deparei-me com um apagão de ideias e vontade de escrever. Continuo lendo bastante (graças, pelo menos isso consegui não perder o gosto), pois como já dizia minha professora do antigo primário: 'só lendo a gente poderá ter ideia para escrever um bom texto'. Continuo apaixonada pelos livros, e evitando um pouco as redes sociais, pois passam a impressão que o mundo está cheio de Alices no das país das maravilhas. Só nos deparamos com mães falando como é linda a vida de mãe, que é muito fácil criar um filho, etc. Porem toda mulher que é mãe sabe, que a maternidade, apesar de compensadora, não é uma tarefa simples e descomplicada. Exige, entre muitas outras coisas, dedicação e abdicação da própria independência, e nem toda mulher está preparada ou deseja encarar a tarefa.  Existem duas questões que devíamos colocar sempre antes, de questionar uma mulher quando ela resolverá ter um filho: Será que todas as mulheres sempre quiseram mesmo ser mãe? O instint...